Nunca me parece perto, o vazio da devastação...
Nunca... nunca acordo, quando meus olhos
choram o pesadelo, o frio da desilusão...
Como viver se o céu se fez cinza,
se o riso descoloriu-se, de medo
da escuridão...
Como seguir se meus pés, antes valentes,
agora, sangram calados,
já não miram o horizonte,
pois o abismo vive...ao lado.
Do lado direito, um abismo...
Assim, sigo temeroso
e não degusto a estrada.
Paz, paz , ó, minha paz...
Amante tão esperada.
Procura-a e não a encontro
nos desencontros da estrada.
Paz, paz , ó, minha paz...
Procurando-a, me encontrei
na outra margem da estrada...
Paz, paz, ó, minha paz...
Ali, estava e não a vi.
Esperava a mim e a todos,
Entre flores e estrelas,
na outra margem da estrada,
invisível, mas presente,
nos sonhos de vida
nos cantos da lida
que desbrava na noite
as luzes da alvorada.
Lindo poema por algo que todos procuram.
RépondreSupprimerTeu comentário no meu blog precisa de uma pequena explicação. O escrito não é um haikai e sim um POETRIX. São diferentes nas regras.
Beijos