Vós outros tendes sorte.
A vergonha não cai sobre os mortos.
Julgais
que o mais puro dos líquidos lava
O pecado da alma que se evola.
Tendes sorte.
Mas eu
como levarei meu amor à vida
através das fileiras,
através do estrondo?
Apenas um passo falso
e a migalha do último e pequenino amor
rolará para sempre num torvelinho de fumo.
Aqueles que regressam
que lhes importa
vossas tristezas?
Que falta lhes faz
a franja de alguns versos?
Basta-lhes um par de muletas
com que renguear pelo resto da vida.
Tens medo?
Covarde!
Te matarão!
E tu,
tu poderias viver escravo
cinquenta anos mais.
Mentira!
Sei
que na lava do ataque
serei o primeiro
em audácia,
em valor.
Ah! Que bravo recusaria atender
ao toque de rebate do futuro?
Mas na terra
hoje
sou o único arauto das verdades em marcha!
Hoje estou exultante!
Sem desperdiçar nem uma gota, despejei minh'alma até o fim.
Minha voz,
a única humana,
entre lamentos e gemidos
ergue-se a luz do dia.
Depois
atai-me a um poste,
fuzilai-me!
Por causa disso
haverei de mudar?
Na fronte
desenharei um alvo
para que nítido se destaque
quando apontem."
( Maiakoviski. "Antologia")
mercredi 28 janvier 2009
lundi 26 janvier 2009
Boff defende Plano de Aceleração da Preservação da Amazônia
"Em entrevista à Carta Maior, Leonardo Boff diz que Fórum Social Mundial tem o desafio de pressionar o governo brasileiro para fazer uma política clara e objetiva sobre a Amazônia. "Fundamentalmente o que tem que ser resolvido é a questão fundiária. É necessário um Plano de Aceleração não do crescimento, mas da integração e da preservação da Amazônia. O Fórum Social Mundial tem esse dever", defende.
Clarissa Pont, Carta Maior
"A advertência de Leonardo Boff é taxativa: “Trata-se de um novo padrão civilizatório, nós temos que nos acostumar a consumir menos”. Em entrevista à Carta Maior, o doutor honoris causa em Política pela universidade de Turim (Itália) e em Teologia pela Universidade de Lund (Suécia), fala sobre a Teologia da Libertação, o Fórum Social Mundial, a crise econômica e ecológica mundial e a eleição de Barack Obama.
Ele resume nos três erres da Carta da Terra o novo paradigma sob o qual a humanidade terá que viver para sobreviver: reduzir, reutilizar e reciclar. Além disso, defende que o FSM tem o dever de pressionar o governo brasileiro a melhorar sua política para a preservação da Amazônia, avançando principalmente na questão fundiária.
Carta Maior – Qual a avaliação que o senhor faz sobre a atuação de Joseph Alois Ratzinger, o Papa Bento XVI, e da postura dele em relação à Teologia da Libertação?
Leonardo Boff – Quanto à figura de Ratzinger, seja como mestre, como prefeito da congregação ou como Papa, eu diria que não há mudança substancial entre as opiniões. Ele sempre manteve uma linha teológica de fundo inalterável, isto é, o projeto de construir a Igreja para dentro, reforçar as instituições eclesiásticas e a autoridade do Papa, revalidar o direito canônico, sublinhar uma leitura dogmática da fé cristã. Eu diria que em alguns destes aspectos ele, inclusive, radicalizou no sentido de que a fala de um Papa é muito mais poderosa do que a fala de um prefeito de uma congregação, porque eles têm como objeto as doutrinas, enquanto o Papa tem como destinatário toda a Igreja.
Na medida em que esse Papa insiste enormemente que igreja mesmo é só a Católica e continua repetindo que as demais igrejas não são igrejas e que as demais religiões necessitam de salvação, ele toma para si um fundamentalismo light. Por que fundamentalismo? Porque acentua de tal maneira a própria doutrina que exclui as demais e isso não parece ser a perspectiva do cristianismo originário, nem a perspectiva bíblica. Eu diria ainda que este projeto pastoral não é uma mensagem para a humanidade, mas é para reconverter a Europa. Para nós, do Terceiro Mundo, optar pela Europa é optar pelos ricos e por um projeto de antemão falido porque os europeus não estão interessados em reconversão. Na minha interpretação, isso é ter o cristianismo nas costas e não na frente, é um cristianismo crepuscular e não um cristianismo de rejuvenescimento. A mensagem correta seria colocar no centro da preocupação a vida, porque o mundo não ama mais a vida, sacrifica a vida, faz comércio com a vida."
Entrevista Completa, ::Aqui::Clarissa Pont, Carta Maior
"A advertência de Leonardo Boff é taxativa: “Trata-se de um novo padrão civilizatório, nós temos que nos acostumar a consumir menos”. Em entrevista à Carta Maior, o doutor honoris causa em Política pela universidade de Turim (Itália) e em Teologia pela Universidade de Lund (Suécia), fala sobre a Teologia da Libertação, o Fórum Social Mundial, a crise econômica e ecológica mundial e a eleição de Barack Obama.
Ele resume nos três erres da Carta da Terra o novo paradigma sob o qual a humanidade terá que viver para sobreviver: reduzir, reutilizar e reciclar. Além disso, defende que o FSM tem o dever de pressionar o governo brasileiro a melhorar sua política para a preservação da Amazônia, avançando principalmente na questão fundiária.
Carta Maior – Qual a avaliação que o senhor faz sobre a atuação de Joseph Alois Ratzinger, o Papa Bento XVI, e da postura dele em relação à Teologia da Libertação?
Leonardo Boff – Quanto à figura de Ratzinger, seja como mestre, como prefeito da congregação ou como Papa, eu diria que não há mudança substancial entre as opiniões. Ele sempre manteve uma linha teológica de fundo inalterável, isto é, o projeto de construir a Igreja para dentro, reforçar as instituições eclesiásticas e a autoridade do Papa, revalidar o direito canônico, sublinhar uma leitura dogmática da fé cristã. Eu diria que em alguns destes aspectos ele, inclusive, radicalizou no sentido de que a fala de um Papa é muito mais poderosa do que a fala de um prefeito de uma congregação, porque eles têm como objeto as doutrinas, enquanto o Papa tem como destinatário toda a Igreja.
Na medida em que esse Papa insiste enormemente que igreja mesmo é só a Católica e continua repetindo que as demais igrejas não são igrejas e que as demais religiões necessitam de salvação, ele toma para si um fundamentalismo light. Por que fundamentalismo? Porque acentua de tal maneira a própria doutrina que exclui as demais e isso não parece ser a perspectiva do cristianismo originário, nem a perspectiva bíblica. Eu diria ainda que este projeto pastoral não é uma mensagem para a humanidade, mas é para reconverter a Europa. Para nós, do Terceiro Mundo, optar pela Europa é optar pelos ricos e por um projeto de antemão falido porque os europeus não estão interessados em reconversão. Na minha interpretação, isso é ter o cristianismo nas costas e não na frente, é um cristianismo crepuscular e não um cristianismo de rejuvenescimento. A mensagem correta seria colocar no centro da preocupação a vida, porque o mundo não ama mais a vida, sacrifica a vida, faz comércio com a vida."
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mercredi 21 janvier 2009
O Ano Internacional do Planeta Terra decorre em 2008 e tem o apoio institucional da Organização Mundial das Nações Unidas e da União Internacional das Ciências Geológicas.O principal objectivo deste ano é demonstrar que existem novas e atractivas formas, através das quais as ciências da Terra podem ajudar as futuras gerações a enfrentar os desafios, de modo a se conseguir um mundo mais seguro e próspero.
Este objectivo será atingido através de 2 principais programas:
- um que inclui actividades educativas a todos os níveis (consulte www.esfs.org) ; e
- um programa científico que se concentra nos "grandes temas" das complexas interacções dentro do sistema Terra e da sua sustentabilidade a longo prazo.
Com este ano pretende-se ainda:
- reduzir os problemas de saúde aumentando os conhecimentos acerca dos aspectos médicos das ciências da Terra;
- descobrir novos recursos naturais e torná-los acessíveis de uma forma sustentável;
- procurar factores não humanos nas alterações climáticas;
- melhorar o conhecimento acerca da ocorrência de recursos naturais de forma a contribuir para reduzir as tensões políticas;
- detectar recursos de água profundos;
- melhorar a compreensão acerca da evolução da vida;
- aumentar o interesse acerca das ciências da Terra na sociedade em geral; e
- encorajar os jovens a estudarem as ciências da Terra nas Universidades.
Em Portugal, a Comissão Nacional da UNESCO decidiu promover a constituição de um Comité Português para dinamizar as comemorações do AIPT, da qual o ICNB faz parte.
http://www.progeo.pt/aipt/
lundi 19 janvier 2009
lundi 12 janvier 2009
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